quarta-feira, 12 de novembro de 2014

REFLEXÃO E AÇÃO - CADERNO IV - TÓPICO 4



TÓPICO 4: Tema: O projeto curricular e a relação entre os sujeitos e desses com suas práticas

1– Assista ao vídeo “Em busca de Joaquim Venâncio”, de Evandro Filho e outros (2009).
O vídeo é resultado de um trabalho de integração realizado por alunos da 1ª série da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, no ano de 2009. Contando com imagens de arquivo e depoimentos, o filme narra a busca por informações sobre o trabalhador técnico que dá nome à escola, uma referência importante entre os trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz. 

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SUkk5DLbUOQ



1.1 – Realize um ensaio de proposta curricular contendo: a) proposta de componentes curriculares (disciplinas e projetos interdisciplinares); b) possível sequência curricular; c) distribuição de atividades, tempos e espaços curriculares.

(Lembrem-se que é somente um exercício, logo parcial e limitado). 

2. – Para finalizar, leia a noticia abaixo publicada num jornal de São Paulo em fevereiro de 2012. 

Ligações clandestinas causam risco de incêndios

Mais de 180 mil gatos podem explicar incêndios como o de domingo, que matou casal na Vila Guilherme.

SILVÉRIO MORAIS - silverio.morais@diariosp. com.br 

A ligação irregular de energia é a provável causa do incêndio que deixou dois mortos e mais de 200 desabrigados na Favela do Corujão, na Vila Guilherme, Zona Norte, domingo. Os chamados “gatos” estão presentes em pelo menos outras 400 favelas da Grande São Paulo não contempladas pelo programa de regularização da Eletropaulo. São 180 mil moradores em risco nesses lugares, devido ao perigo das ligações clandestinas. 
Segundo o Corpo de Bombeiros de São Paulo, curtos-circuitos ocasionados pelos “gatos” são as principais causas de fogo em favelas. “São lugares com ligações inadequadas para uma moradia que tem todo tipo de equipamento elétrico”, diz o tenente Marcos Palumbo, do setor de comunicação da corporação. A maioria dos casos, informa, ocorre em dias de calor, quando há sobrecarga no consumo de energia. Os fios podem derreter e causar faíscas ou até explosão. Conforme o último levantamento dos bombeiros, a média foi de um incêndio do tipo por dia no estado em 2010, quando foram atingidos 253 barracos (danos individuais) e 112 favelas (afetando uma comunidade inteira ou parcialmente). O fato de as casas serem de madeira e ficarem muito próximas facilita a propagação das chamas. 
Outra dificuldade é o acesso. No caso de domingo na Favela Corujão, como não há rua, os bombeiros precisaram entrar pela empresa ao lado e quebrar o muro, para então combater o fogo por trás da comunidade, o que atrasou a ação. A orientação dos bombeiros, em caso de incêndio, é deixar o local imediatamente, sem querer salvar nada antes. De acordo com o tenente Palumbo, depois de curto-circuito, as principais razões de incêndio em favelas são displicência ao cozinhar, vazamento de gás e causas criminosas, como teria ocorrido no Moinho, no bairro Campos Elíseos, em dezembro. Segundo o relatório da corporação, uma usuária de crack colocou fogo na sua casa e provocou o incêndio. A polícia ainda investiga. 
Regularização / A Eletropaulo informa que começou a regularizar as ligações clandestinas de energia nas favelas da Grande São Paulo em 2004 e já alcançou 75% delas, o que representa 1.200 comunidades, 460 mil famílias e quase 2 milhões de pessoas. A maioria das cerca de 400 favelas sem regularização não oferece condições necessárias, como é o caso do Corujão. “São aglomerados de madeira dentro de um terreno particular, sem acesso e nenhuma infraestrutura”, diz José Cavaretti, gerente de Novos Mercados da Eletropaulo. Segundo ele, faltam ruas para colocar postes e a instalação das casas é precária para ter rede de energia interna. As condições de insegurança, afirma, continuariam se as redes fossem instaladas nessa situação. Outras favelas não são atendidas por estarem em processo de remoção por ocupar área de proteção ambiental ou de risco. 

Disponível em:


2.1 – Analise criticamente a notícia deste material e, imaginando que lecione em uma escola próxima a essa comunidade, como poderia problematizar a situação relatada? 



2.2 – Que conhecimentos, de diferentes áreas, poderiam ser mobilizados no sentido de substituir uma compreensão ingênua da situação por outra mais dialética numa perspectiva menos local e mais global do problema?


Um comentário:

  1. Atividade 2,1 E 2,2 Diante dessa realidade torna-se muito difícil lecionar, pois trabalhar numa comunidade onde retrata a realidade de que não tem nem ruas para facilitar o acesso torna-se impossível; Deu para perceber que se trata de uma comunidade carente não só de fatores físicos, mas também de educação, o professor ia ter que agir mais como um psicologo para conscientização dessa comunidade.
    o profissional tem que realizar seu trabalho em conjunto com outros agentes responsáveis por essas comunidades, porque sozinho ele teria insucesso.Raquel.

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